Capítulo 36
\Capítulo 36
Ela já tinha recuado até não poder mais, com as costas pressionadas contra a parede, o corpo colado nas frias azulejos de mármore, provocando um arrepio involuntário.
No instante seguinte, Daniel apoiou uma mão na parede, trazendo parte de seu peito para perto dela, enquanto a outra erguia suavemente o queixo dela, fazendo com que seus olhos encontrassem os dele.
Ele a encarava de cima, como se estivesse encarando uma insignificante formiga.
“Você parece ter um certo fascínio por banheiros, hein?” A voz grave e atraente do homem soava como um violoncelo encantador, escapando de sua garganta.
O aroma masculino de sândalo de Daniel invadia o espaço, atingindo Olivia em cheio.
Involuntariamente, ela se lembrou do beijo daquela manhã, sentindo–se derreter como se estivesse sendo submersa em óleo quente.
Seus longos cílios tremularam involuntariamente, e ela disse suavemente: “Não é que eu goste, é apenas parte do meu trabalho.”
Limpar o banheiro era, afinal, parte de suas responsabilidades. Daniel soltou uma risada de desdém: “Ah, parte do trabalho? Seu senso de dever é realmente… peculiar.”
Ela havia voltado porque tinha gostado da experiência anterior. Será que ela gostava tanto assim de ver homens? Ou será que gostava tanto de vê–lo?
“Meu senso de dever é alto. Eu não cobiço o que não devo, Sr. Griera, pode me soltar“, disse Olivia, sentindo a presença dominadora do homem à sua frente, especialmente agora que ele a prendia
contra a parede com seu aroma penetrante.
Ela sentia o sangue correr ao contrário, seu corpo formigava, e sua voz saía macia e envolvente.
Ela realmente não tinha feito de propósito. Antes de entrar, ela até tinha tossido baixinho, quem diria que ele estaria lá, em silêncio? Ela entrou, e lá estava ele parado, como poderia ser culpa dela? Rindo nervosamente, Olivia falava, seus olhos brilhantes piscando incessantemente de nervosismo e pânico, suas pestanas tremulando como borboletas em busca de néctar.
Sua vozinha frágil, com um tom trêmulo no final, era involuntariamente sedutora.
Seu jeito excessivamente nervoso parecia enviar sinais elétricos para ele.
Daniel engoliu em seco e logo em seguida, rapidamente, recuperou o controle de seus pensamentos. Essa mulher estava sempre tentando seduzi–lo!
Até para falar, ela tinha que tocar no coração dele.
Ela era realmente boa nisso. Caso contrário, como teria causado tanto tumulto na família de Javier? Ah, mulheres e seus jogos profundos.
“Ser hipócrita é o seu forte, não é? Veio aqui atrás de quê, afinal?” Daniel falava provocativamente, seu rosto frio como gelo.
Ao ouvir essas palavras, Olivia sentiu–se extremamente injustiçada.
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Ela era apenas uma faxineira, apenas ali para limpar.
Se não fosse pelo chefe pedir, ela nem quería estar ali.
“Eu… eu não…” Olivia, com os olhos arregalados, ficou rubra e sem jeito com a acusação.
Daniel notou o rápido rubor em seu rosto, seus lábios finos esboçaram um sorriso irónico. Ah, falando mentiras descaradas. Não estava envergonhada? Então por que estava corada?
Seus olhos fríos, sem um pingo de calor, ainda manipulavam o queixo dela, levantando seu rosto enquanto falava com uma voz tão encantadora que poderia prender os ouvidos: “Sua boca diz mentiras, mas seu corpo é muito honesto. Você quer sim.”
Com isso, ele se inclinou, pressionando seus lábios contra os dela. Olivia queria fugir, mas não conseguia. Com o coração aos pulos e vendo seu rosto aproximando–se cada vez mais, ela fechou os olhos com força, tensa.
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