Destino Cruzado Não Soltar!

Capítulo 62

“Essa competição interna é tão feroz, como é que eu teria tempo para férias? Esperando que me atropelem?”

Ângela Alves murmurou baixinho, e quando se sentia provocada ou de mau humor, sua coragem crescia exponencialmente.

O olhar de Felipe escureceu sutilmente, profundo e impenetrável como um poço antigo, cujo fundo era impossível de se ver.

“Já viu a Helena?”

Era melhor nem ter mencionado. Ao ouvir o nome, Ângela Alves se enfureceu, “Ela nem começou a trabalhar e já está se adiantando. Ontem foi à empresa e convidou os designers mais importantes para comer um prato francês, aproveitando que eu não estava lá. Já formaram seu grupinho. Você a contratou como uma cópia da Kelly, não foi? Como elas são parecidas!”

Essa última frase era pura ironia.

Felipe se fechou ainda mais, mas não se irritou. Ao invés disso, adotou uma expressão zombeteira, “Perdendo no primeiro dia? Isso é a sua capacidade?”

“Eu não perdi nada, a disputa nem começou! Se fosse uma competição justa, eu não estaria preocupada. Por mais que ela tenha mais experiência, não sou menos capaz. O que me preocupa são as jogadas por trás das cortinas, os jeitinhos, os favores, a sabotagem, as traições!” Ângela Alves cerrava os dentes, com um brilho frio em seus olhos.

Felipe estendeu a mão e bagunçou seu cabelo, “Você está fazendo tempestade em copo d’água. Comigo aqui, precisa se preocupar com isso?”

“Ah, claro!” Ângela Alves debochou, “Todo mundo na empresa sabe que ela é sua protegida. Ela não lhe chama de Sr. Martins como nós, é ‘Felipe‘ pra cá, ‘Felipe‘ pra lá, como se quisesse que todos soubessem da intimidade entre vocês.”

Ela falava com emoção, deixando escapar a palavra “intimidade” sem pensar. Depois, percebendo o deslize, imediatamente fechou a boca.

Felipe, no entanto, não ignorou a palavra, ouvindo–a claramente.

De repente, ele se inclinou sobre ela, apoiando uma mão no encosto do sofá e outra no braço, prendendo–a no canto, com um sorriso maldoso nos lábios, “Intimidade? Você está chateada por isso?”

“Claro que não,” ela balançou a cabeça, “Estou preocupada que você não separe o pessoal do profissional, e deixe suas emoções afetarem seu julgamento.”

Felipe segurou seu queixo, olhando fixamente para ela, seus olhos cintilando sob a luz, “Por que sinto que você está com ciúmes?”

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Angela Alves estremeceu, claramente assustada com a sugestão,

“Não, não, por favor, não entenda mal.” Ela balançou a cabeça vigorosamente, “Eu nunca teria ilusões sobre você, e nunca teria nenhum sentimento além de urma relação profissional, Mesmo que você estivesse agora com outra mulher, eu so the serviria um cafezinho, 0 apoiando de lado. Sériol”

Ela falava com convicção, sem hesitar.

Os músculos ao redor da boca de Felipe se tensionaram, uma frieza sombría se acumulando em seus olhos,

Ele levantou a mão e deu um peteleco forte em sua testa, “Que absurdo é esse que você está falando?”

Al, ai, ai!

Ela cobriu a testa, sentindo dor, e lembrou–se de que ele havia dito, no avião, que não podia tocar em mulheres.

Droga, ela havia tocado em um ponto sensível do seu chefel

Temendo sua raiva, ela tentou aliviar a situação, “Desculpe, desculpe, foi uma suposição muito inadequada. Considere isso como um peido, não se importe com isso.”

Felipe segurou seu rosto firmemente, seu olhar se tornando sério, “Faça o seu trabalho e não fale besteira. O que é isso de protegida? Se for por relacionamento, quem poderia competir

com você?“.

Ângela Alves engasgou, cobrindo a boca e tossindo baixinho.

Legalmente falando, eles eram próximos, cônjuges, familiares diretos.

Mas, na realidade, eles estavam distantes como o céu e a terra!

“Eu cheguei onde estou hoje por meu próprio esforço, e não porque tenho uma ligação legal

com você.”

Felipe franziu a testa, seu descontentamento e irritação crescendo.

Esqueceu da casa principal depois de encontrar outra?

“Saber aproveitar relacionamentos também é uma habilidade. Você deveria aprender um pouco com a Helena.”