Capítulo 9
Às oito da noite, Liliane enviou a agenda organizada para William. Ela massageou sua cabeça que começava a latejar e saiu da empresa, apenas para ver Jorge esperando ao lado do carro.
Ao ver Liliane, Jorge se aproximou e disse:
– O Sr. William pediu para eu levá-la de volta para descansar.
Liliane recusou:
– Não precisa, vou para minha própria casa.
Jorge disse:
– Secretária Liliane, tem algo que não sei se devo dizer.
Liliane ergueu os olhos e perguntou com voz fraca:
– Diga.
– O Sr. William, sabendo que você está doente, contratou uma empregada para cuidar de você, ela já está esperando no Jardim Azul.
Liliane franziu a testa, o que ele estava tentando fazer? Ele queria ficar com aquela sua querida amada e flertar com ela ao mesmo tempo?
Liliane riu friamente em seu coração, ela não era tão desprezível a ponto de compartilhar um homem com outra mulher.
Liliane estava prestes a recusar novamente, quando Jorge baixou a voz repentinamente:
– Secretária Liliane, a identidade da Srta. Mavis ainda não está confirmada. Você tem certeza de que não quer lutar por si mesma?
Liliane riu ironicamente:
– Assistente Jorge, nos dias de hoje, falar sobre dinheiro é mais importante do que falar sobre sentimentos.
Depois de dizer isso, Liliane contornou Jorge e saiu.
Jorge suspirou levemente e entrou no carro, olhando para o chefe sentado atrás dele:
– Sr. William, a secretária Liliane não quer voltar.
William apertou os lábios, emanando uma aura sombria:
– Então, não precisa voltar! Amanhã, jogue todas as coisas dela fora e mande ela vazar para bem longe!
Jorge hesitou brevemente, depois respondeu:
– Entendido, senhor.
…
No dia seguinte, batidas na porta acordaram Liliane.
Aguentando o sono, ela foi abrir a porta, apenas para ver Jorge parado lá com duas grandes caixas de papelão.
Liliane entendeu o que havia dentro delas. Depois de olhar por um momento, ela se curvou e pegou as caixas silenciosamente.
Depois de carregar tudo para dentro, Liliane endireitou a coluna e disse indiferentemente: Exclusive © content by N(ô)ve/l/Drama.Org.
– Obrigada, assistente Jorge, não tenho nada para oferecer, então você pode ir agora.
Jorge abriu a boca para falar, mas antes que pudesse dizer algo, Liliane fechou a porta de forma bem insensível.
Jorge voltou para o Jardim Azul e se aproximou de William, que estava sentado no sofá tomando café.
– Sr. William, as coisas foram entregues.
William não disse nada, colocou o café de lado e continuou folheando os contratos.
Jorge não resistiu e disse:
– Sr. William, sobre o lugar onde a secretária Liliane está morando…
Antes que ele pudesse terminar, o celular de William tocou de repente. Ele apertou o viva-voz e a voz alegre de Mavis ecoou:
– William, hoje à tarde, não precisamos sair para comer. Eu fiz algo delicioso para você.
William suavizou ligeiramente seu olhar, perguntando:
– O que você fez de gostoso?
Ouvindo a conversa entre os dois, Jorge de repente sentiu que talvez não fosse uma coisa ruim que a secretária Liliane não tivesse voltado.
Após encerrar a ligação, William olhou para Jorge, questionando:
– Como está a pesquisa sobre os antecedentes da Mavis?
Jorge respondeu:
– Já entrei em contato com os pais adotivos da Mavis, em breve teremos notícias.
William semicerrou os olhos. Embora Mavis pudesse falar sobre o passado, sua personalidade era completamente diferente daquela que ele lembrava.
Ele queria saber o que havia acontecido com ela todos esses anos.
…
Liliane foi para a empresa. Assim que ela entrou na sala de secretária, pôde ver Mavis sentada na sala de William.
E coincidentemente, Mavis também olhou para cima e viu Liliane.
Um sorriso apareceu nos olhos de Mavis. Ela pegou a marmita na mesa à sua frente e entrou no escritório de Liliane.
– Secretária Liliane, isso é para você.
O olhar de Liliane caiu na marmita enquanto ela falava com voz monótona:
– Obrigada, vice-gerente Mavis, mas já comi.
Mavis ignorou sua resposta e colocou a marmita na mesa. Então, ela se sentou em frente a Liliane e olhou significativamente para o lóbulo da orelha de Liliane, dizendo:
– É uma coincidência interessante, nós duas temos uma pinta vermelha.
Liliane não disse nada, mas ela entendeu o que Mavis queria dizer.
Mavis apoiou as mãos no queixo e sorriu docemente:
– Secretária Liliane, acabei de começar a sair com o William e ainda não sei muito sobre suas preferências. Você poderia me dar algumas dicas?
A mão de Liliane, que estava organizando os documentos, parou por um momento.
– Por que você não pergunta diretamente a ele?
Mavis parecia lamentar:
– É uma pena. Eu queria conhecer melhor ele e surpreendê-lo com algo.
Liliane ficou de pé, encarou Mavis e disse:
– Desculpe, não estou interessada nos assuntos entre vocês dois. – Em seguida, Liliane olhou para o relógio em seu pulso e lembrou. – Vice-gerente Mavis, já que você foi contratada pessoalmente pelo Sr. William, você deveria se esforçar mais no trabalho, para evitar que os funcionários falem mal do Sr. William.
O sorriso de Mavis ficou tenso e uma frieza passou por seus olhos.
Como ela ousava usar William para intimidá-la?!
Ela respirou fundo e se levantou lentamente, dizendo:
– Espero que a secretária Liliane se lembre de uma coisa, as falsificações são sempre falsificações, sempre serão de dar vergonha!
Após dizer isso, Mavis bateu a porta e saiu.
…
No final da tarde, Liliane saiu do trabalho e foi para o hospital.
Por coincidência, ela viu Carlos parado na porta do quarto, conversando com uma enfermeira.
Liliane se aproximou e acenou com a cabeça para Carlos, prestes a entrar, mas ele a deteve:
– Liliane, sua mãe acabou de adormecer depois da quimioterapia de ontem à noite, é melhor você não entrar agora.
Ao mencionar isso, Liliane quis perguntar:
– Já é a quinta sessão de quimioterapia, como está a condição da minha mãe?
Carlos a tranquilizou:
– Não se preocupe muito, a cirurgia foi feita cedo, e a recuperação está melhor do que o esperado.
Liliane suspirou aliviada, depois perguntou:
– Ainda tem saldo suficiente na conta?
Carlos ficou surpreso por um momento:
– Você não depositou um milhão na conta ontem?