Capítulo 59
Capítulo 59
Mateus ofereceu um lenço a Liliane.
– Entendo que seja difícil, mas chorar agora não resolve nada. – Disse Mateus.
Se não fosse pela ação de Mateus, Liliane nem teria percebido que estava chorando.
Desculpe. Murmurou Liliane, aceitando o lenço.
É compreensível. Falou Mateus com calma.
Após ajustar suas emoções, Liliane olhou para cima.
– Sr. Mateus, minha mãe mencionou em sua carta que você pode me ajudar. – Disse Liliane.
Mateus pegou a mochila, retirou um documento e entregou a Liliane.
– Dinheiro resolve, na nossa área não há espaço para ajuda movida por emoções. Também precisamos ganhar a vida, espero que entenda. Disse Mateus.
Liliane concordou, olhando para o orçamento no papel.
Dinheiro não é problema. Ela olhou para Mateus, acrescentou. Só me importo com eficiência e confiabilidade.
Mateus apresentou outro documento a Liliane.
Isso vai te convencer. Continuou Mateus.
–
Liliane examinou com cuidado os casos de sucesso da empresa ao longo dos anos,
reforçando sua confiança em Mateus.
–
Então, Sr. Mateus, quando podemos assinar o contrato? Perguntou Liliane.
–
– Me diga o que você quer que eu investigue para você. Respondeu Mateus.
–
Liliane fixou o olhar na carta.
Quero saber de qual orfanato minha mãe me adotou. Disse Liliane.
Novitex, escritório da presidência.
Uma secretaria, com olhos vermelhos, salu apressada do escritório de William com documentos nas mãos.
De cabeça baixa, acabou colidindo com Mavis, que se aproximava.
Embora Mavis mostrasse raiva nos olhos, ela se conteve e fingiu preocupação.
Você está bem? Perguntou Mavis.
A secretária, ao ver quem era, se desculpou rapidamente.
– Vice–gerente Mavis, desculpe! Não vi por onde estava indo, foi minha culpa! – Desculpou a secretária.
Não é sua culpa. Mavis olhou para o escritório e pergunto. Sr. William está dando bronca de novo?
Desde que a Secretária Liliane saiu, Sr. William está irritado todos os dias, qualquer coisa que fazemos está errada. – Reclamou a secretária, quase chorando.
Mavis apertou com força os dentes, mas manteve um tom suave ao olhar para a
secretária.
Não se preocupe, vou lá acalmar ele. Disse Mavis, em tom suave.
A secretária agradeceu, emocionada, e correu de volta para a sala dela.
Mavis ficou com uma expressão sombria, Liliane era tão importante assim para
William?
Todo o temperamento explosivo diário e mesmo depois de Liliane partir, William não a levou para morar no Jardim Azul!
Mavis, esquecendo de bater na porta, estava prestes a entrar quando ouviu a voz de
William.
– Você descobriu? Confirmou que Liliane ficou no Orfanato Nuvem? – Perguntou
William.
Mavis congelou num instante, os olhos arregalados de surpresa.
+15 BORUS
Orfanato Nuvem?
Liliane?
Ela não tinha pais? Como ela poderia estar no mesmo orfanato que ela?
Mavis reviu mentalmente a marca de nascença no lóbulo da orelha de Liliane,
recuando dois passos aturdida.
Olhando ao redor para se certificar de que ninguém a viu, ela se virou com pressa em direção ao elevador.
De volta ao escritório, Mavis não conseguia se acalmar.
As memórias da infância surgiam como uma tempestade em sua mente
Naquela época, ela viu uma garota do mesmo orfanato carregando um menino desacordado da beira do rio.
Os dois entraram em um armazém abandonado nas proximidades e ficaram lá por um longo tempo. Curiosa, ela se aproximou para ver, apenas para descobrir que a garota acendeu um fogo para aquecer o menino e o cobriu com roupas.
Na época, Mavis desprezou, achando que a garota estava se intrometendo demais.
No entanto, recentemente, ouviu de Pablo, no clube noturno, que o magnata William da Serafim estava procurando por uma garota com uma marca de nascença no lóbulo da orelha que havia ficado no Orfanato Nuvem.
Num lampejo, Mavis percebeu que William era o menino desacordado que ela viu anos atrás! Assim, ela e Pablo encenaram uma peça, fingindo que ela era a garota
que o salvou, detalhando todos os acontecimentos no armazém.
Foi assim que ela conseguiu ficar ao lado de William agora.
Quanto mais Mavis pensava, mais inquieta ficava.
Liliane poderia ser aquela garota?
Não, algo estava errado. Se ela fosse, como poderia não se lembrar de nada agora!
Ela precisava garantir que Liliane, essa irritante intrometida, desaparecesse
completamente!
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No cafeteria
Liliane e Mateus saíram depois de assinar o contrato.
Ao sair, ouviram um grito ao lado.
É você! – Chamou Beatriz.
Liliane se virou para ver uma mulher a um metro de distância Logo percebeu que era Beatriz, a prima de Eduardo.
Liliane não queria uma confrontação pública, então ignorou e começou a andar pela
calçada.
Para onde está indo? – Perguntou Beatriz, correndo até ela, agarrando seu braço. – A nossa última disputa ainda não foi resolvida. Agora que eu te peguei, não pense em
fugir!
Liliane olhou com desdém para ela.
– Que disputa temos? A disputa por homens ou a disputa onde seu primo me
defendeu? Retrucou Liliane.
– – Ambas! De qualquer forma, não vou deixar você sair impune! – Respondeu Beatriz.
O que você pretende fazer? – Disse Liliane, sorrindo com desdém.
Diante da pergunta direta de Liliane, Beatriz piscou os olhos, meio aturdida.
Eu, eu naturalmente… – Gaguejou Beatriz.
– Naturalmente o quê? Vai agir contra mim em público e envergonhar a familia Lima? Provocou Liliane.
–
– Liliane! Não pense que, só porque tem o apoio do meu primo, pode agir sem restrições! – Exclamou Beatriz, irritada.
Capítulo 60